Desde os tempos do Brasil-colônia o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros, guiados pelos tropeiros. Até a metade do século XX, eles cortaram ainda boa parte do interior do país conduzindo gado. O feijão misturado a farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho, cebola e temperos, tornou-se um prato básico do cardápio desses homens.
Daí a origem do nome feijão tropeiro. A era dos tropeiros em São Paulo e Minas Gerais também originou a comida caipira, um conjunto de pratos típicos do interior, preparada originalmente no fogo-de-chão na trempe, com as panelas ficavam apoiadas em pedras em formato de triângulo ou penduradas em uma armação no estilo tripé, arco ou trave, por cima do fogo.
Com o passar dos tempos ganhou altura e formato no que é hoje o fogão a lenha, onde normalmente é feita a maioria dos pratos. Os tropeiros bandeirantes e mineiros tiveram grande influência da disseminação das receitas, misturas, bebidas e doces da culinária caipira: leitão à pururuca, cuscuz caipira de legumes, pamonha, arroz tropeiro, bolinho caipira, vaca atolada, frango caipira, furrundum de cidra e farofa de lingüiça.
A lista de iguarias inclui também o fraldinha em panela de ferro, caipirinha, paçoca de amendoim, canjica com costelo de porco, goiabada, virado à paulista, afogado, bolinho de mandioca, rabada, pé-de-moleque, pinhão quente, batata assada ao forno, cará cozido, cuscuz de bagre, cabidela miúda, quentão, farofa de içá, rosquinhas de pinga, doce de bananinha e o tradicional angu.
Prato típico da culinária mineira, o angu é preparado geralmente com fubá (farinha) de milho e água, sem a adição de sal. Em muitas regiões, o angu é conhecido como polenta. Além da farinha de milho, pode ser preparado com farinha de mandioca. Na primeira metade do século XIX, o célebre artista francês Jean-Baptiste Debret, em “Voyage pittoresque et historique au Brésil”, descreve o preparo do angu: (FONTE: http://www.upira.com.br/butecodomax/?p=26844)
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