Vamos entender os fatos que antecederam este incidente da história do Brasil:
Agosto de 1954: Os 19 dias que mudaram o Brasil
➽ Dia 5: Atentado da rua Toneleros: o ex-major aviador Rubens Vaz é morto e Carlos Lacerda é ferido no pé. Getúlio Vargas convoca Gregório Fortunato, chefe de sua guarda pessoal, que nega qualquer envolvimento no episódio.
➽ Dia 6: Getúlio diz em nota oficial que irá apurar o crime e punir os culpados. Cinco mil pessoas comparecem ao enterro do major Vez. Militares realizam manifestação de protesto contra o atentado.
➽ Dia 7: O motorista de táxi Nelson Raimundo topes depõe na polícia e diz que o suposto autor do atentado, Climério Euribes de Almeida, ex-membro da guarda palaciana, utilizou seu carro para fugir do local do crime.
➽ Dia 8: Getúlio é informado do envolvimento de Climério, que teria recebido dinheiro de Fortunato por meio do secretário da guarda, João Vicente de Souza. O presidente dissolve sua guarda pessoal. O ministro Nero Moura informa a Getúlio que a Aeronáutica está sublevada.
➽ Dia 9: Deputados oposicionistas – entre eles Afonso Arinos – fazem violentos discursos na Câmara e exigem a renúncia de Getúlio. Tancredo Neves, ex-ministro da Justiça, divulga nota em que diz que o presidente não deixará o governo.
➽ Dia 10: Numa reunião do Clube da Aeronáutica a tese da renúncia ganha força. Ex-membros do Alto Comando das Forças Armadas dizem ao ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, que recomende ao presidente para se afastar por conta própria, antes que eles o obriguem a isso.
➽ Dia 11: Getúlio diz a Zenóbio que não aceitará Gregório depõe na polícia. A missa de sétimo dia pela morte de Vaz coincide com novos protestos civis e militares no Rio de Janeiro.
➽ Dia 12: Instaurado inquérito policial-militar, um IPM, para apurar o atentado. Getúlio vai a Minas Gerais para inauguração de uma siderúrgica. Lá, é recebido com festa por Juscelino Kubitschek. É seu último discurso e sua última aparição pública.
➽ Dia 13: O pistoleiro Alcino José do Nascimento é preso. Há suspeitas de que agiu sob ordens indiretas do filho de Getúlio, Lutero Vargas. Este nega participação no crime, depõe voluntariamente no IPM e abre mão de sua imunidade parlamentar.
➽ Dia 14: Cerca de 1.500 oficiais se reúnem no Clube Militar e exigem a renúncia de Getúlio. O secretário da guarda presidencial, João Vicente, confessa que facilitara a fuga de Alcino e de Climério orientado por Fortunato.
➽ Dia 15: Pedida oficialmente a prisão de Gregório Fortunato.
➽ Dia 16: Com a tropa fora de controle, o ministro da Aeronáutica, Nero Moura, pede demissão.
➽ Dia 17: Climério é preso e com ele são encontrados 35 mil cruzeiros, em cédulas da mesma série de notas encontradas com Fortunato e Alcino.
➽ Dia 18: Encontrados no arquivo de Fortunato papéis que o ligam a negócios suspeitos com o filho de Getúlio, Manoel Antônio Vargas. Carlos Lacerda escreve que o presidente está deposto moralmente, “pelo sangue que fez derramar”.
➽ Dia 19: O ex-coronel João Adil de Oliveira, responsável pelo IPM, diz não ter mais dúvidas de que o crime da Toneleros foi planejado dentro do Catete. José Antônio Soares, que intermediara a contratação do pistoleiro, também é preso.
➽ Dia 20: O Alto Comando do Exército reúne-se e divulga nota sobre a gravidade da situação. Orientado por Lacerda, o vice-presidente Café Filho leva aos chefes militares a hipótese da dupla renúncia.
➽ Dia 21: Café Filho propõe ao próprio Getúlio a renúncia de ambos. O presidente diz que vai pensar no assunto. Aeronáutica e Marinha se declaram em estado de prontidão.
➽ Dia 22: Manifesto dos líderes da Aeronáutica exige a renúncia de Getúlio. Mascarenhas de Morais é enviado como mensageiro dos militares a Getúlio, que o rechaça e diz que só morto sairia do governo.
➽ Dia 23: “Só morto sairei do Catete”. A frase vira manchete do antigo Última Hora, jornal getulista. Almirantes dizem que a Marinha apoia o manifesto dos brigadeiros. Generais redigem também um manifesto, considerado um ultimato a Getúlio.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/por-que-getulio-var gas-se-matou.phtml
REPORTAGEM SOBRE A MORTE DE GETÚLIO:
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